Desespero

Menino de 6 anos some na praia da Barra e deixa chinelo para trás

Criança jogava bola com coleguinhas e um homem estrangeiro

A mãe Marize Araújo acredita que o filho tenha sido raptado
A mãe Marize Araújo acredita que o filho tenha sido raptado |  Foto: Lucas Alvarenga

A mãe do pequeno Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos, que desapareceu nesta quinta-feira (4) na praia da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, na altura do Posto 4, afirmou que o filho não está no mar. 

Desesperada, Marize Araújo acredita que o herdeiro tenha sido raptado por um estrangeiro, que jogava bola com ele e outras três crianças, por volta de 16h. Segundo Marize, Édson tem medo do mar.

O menino estava na areia, ao lado da barraca do pai. Só sobrou o chinelo de Davi, de cor verde, que estava na manhã desta sexta-feira (5), nas mãos do pai, Edson dos Santos. 

Edson dos Santos, pai da criança, segurava o chinelo deixado pelo filho antes de sumir
Edson dos Santos, pai da criança, segurava o chinelo deixado pelo filho antes de sumir |  Foto: Lucas Alvarenga

“Foi só o meu marido se distrair rápido que esse homem levou meu filho. Era gringo, baixo, barrigudo e estava com duas crianças branquinhas. Ele estava sem camisa, então, deve estar aqui em um hotel próximo. Eu preciso de ajuda, de divulgação, das câmeras daqui da praia, de oração. Ele está próximo. Peço misericórdia! Minha vida acabou, estou desolada e sem chão. Meu filho não está nessa água", clamou Marize.

Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos, que desapareceu nesta quinta-feira (4)
Édson Davi Silva Almeida, de 6 anos, que desapareceu nesta quinta-feira (4) |  Foto: Arquivo Pessoal

Equipes do Corpo de Bombeiros fazem buscas no mar, desde a madrugada desta sexta. A operação conta com guarda-vidas, mergulhadores, quadriciclos, motos-aquáticas, drone e helicóptero. Marize afirmou que não sairá do local enquanto ele não for encontrado.

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"As buscas vão acabar, não vão achar nada no mar e o Davi vai estar morto porque não estão procurando por terra, com um bandido. Ele era bom, amado, sem malícia, não era de rua, a diversão dele era só vim para cá”, afirmou Marize, que também trabalha na barraca com o marido.

Jeferson Nascimento, que trabalha na barraca da família de Édson Davi, disse que viu o menino jogando bola
Jeferson Nascimento, que trabalha na barraca da família de Édson Davi, disse que viu o menino jogando bola |  Foto: Lucas Alvarenga

O funcionário Jeferson Nascimento, comentou sobre a última vez em que viu a criança, chamada pelos familiares de Davi.

“A gente estava fechando as contas de um grupo de clientes. Foi coisa de minutos. Ele estava jogando bola com mais três crianças aqui do lado da barraca, na areia. Depois olhamos e não vimos nem ele, nem as crianças, nem o homem que estava com eles. As crianças fizeram um gol improvisado com uma barraca vizinha e esse homem estava brincando de ser goleiro. Ele sempre veio aqui e nunca fez isso”, afirmou o jovem de 25 anos.

Equipes do Corpo de Bombeiros fazem buscas pela criança
Equipes do Corpo de Bombeiros fazem buscas pela criança |  Foto: Lucas Alvarenga

A família tem medo que a criança seja levada para fora do país. O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e encaminhado à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas e agentes realizam outras diligências para localizar a criança. A investigação está em andamento.

“Ele quer levar meu filho para fora. Eu peço ajuda! Me ajuda polícia, as autoridades, me ajudem a procurar o meu filho. Não me abandone nessa busca. Vou ficar aqui enquanto eu não achar o meu filho. O Davi tem família, tem mãe, ele não vai conseguir tirar meu filho do país. Sempre disse pro Davi não ir com estranhos. O Davi deve estar aflito. Ele já passou a primeira noite longe de mim, já sabe que foi raptado, deve estar nervoso, foi a primeira noite dele sem mim”, enfatiza Marize Araújo.

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